Vários soldados foram mortos em um ataque contra um posto militar no oeste do Níger, informou uma fonte local à AFP na terça-feira, em uma ofensiva reivindicada pelo grupo Estado Islâmico. A região da fronteira entre Níger, Mali e Burkina Faso tem sido, há muito tempo, um esconderijo para jihadistas ligados ao Estado Islâmico e à Al-Qaeda, que travam uma sangrenta guerra insurgente contra o governo. O Níger é um dos vários países da região do Sahel, na África, onde o exército tomou o poder nos últimos anos.
"Um ataque ocorreu há dois dias (domingo) contra a posição militar de Eknewan", disse à AFP uma fonte local, que pediu anonimato. "Houve mortes entre as forças de defesa e segurança", acrescentou a fonte, sem dar detalhes.
Na segunda-feira, o grupo Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque, afirmando em um comunicado que havia matado cerca de 40 membros das forças nigerinas — um número que a AFP não conseguiu verificar de forma independente. Desde que chegaram ao poder em um golpe de Estado em julho de 2023, os governantes militares do Níger compartilharam poucas informações sobre ataques jihadistas, particularmente na região da tríplice fronteira com Burkina Faso e Mali.
De acordo com o jornal estatal Le Sahel, o líder da junta militar, General Abdourahamane Tiani, nomeou na segunda-feira um novo governador para a região de Tahoua, onde ocorreu o ataque. Nas últimas semanas, a área sediou exercícios militares envolvendo os exércitos da Aliança dos Estados do Sahel — Níger, Mali e Burkina Faso —, além dos do Chade e Togo, segundo a televisão estatal. Desde que chegaram ao poder, a junta se aproximou dos vizinhos Burkina e Mali, também governados por líderes militares. Expulsou de seu território soldados franceses e americanos engajados na luta contra o jihadismo, enquanto os Estados Unidos entregaram ao Níger sua base de drones no norte do país em março do ano passado.
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