Forças americanas realizaram um ataque aéreo contra a Al-Shabab, ligada à Al-Qaeda, no fim de semana na Somália. O ataque aéreo do Comando Africano dos EUA (AFRICOM) teve como alvo uma área a quase 64 quilômetros a noroeste de Kismayo, Somália, onde a Al-Shabab estaria localizada. De acordo com um comunicado de imprensa do AFRICOM, a Al-Shabab "demonstrou sua vontade e capacidade de atacar as forças americanas".
"O AFRICOM, juntamente com o Governo Federal da Somália e as Forças Armadas Somalis, continua a tomar medidas para minar a capacidade da Al-Shabab de planejar e conduzir ataques que ameacem o território americano, nossas forças e nossos cidadãos no exterior", diz o comunicado. Não foram divulgados mais detalhes sobre unidades e ativos para garantir a segurança contínua das operações.
A Somália, país do leste da África, vem sendo assolada há décadas por ataques e insurgências de terroristas islâmicos, tanto do ISIS quanto da Al-Shabab. O Comando Africano dos EUA informou em abril que realizou quatro ataques aéreos: três contra terroristas do ISIS e um contra a Al-Shabab. Pelo menos um desses ataques, afirmou o comando, foi contra múltiplos alvos.
Durante anos, os EUA têm auxiliado as forças somalis com ataques aéreos e outros apoios contra o grupo extremista Al-Shabab. Em março, o presidente somali, Hassan Sheikh Mohamud, redigiu uma carta a Trump oferecendo aos EUA acesso exclusivo a bases aéreas e portos marítimos, o que reacendeu as tensões entre o governo da Somália e a região separatista da Somalilândia, informou a Associated Press. Na carta, a Somália ofereceu "controle operacional exclusivo" sobre as bases aéreas de Berbera e Baledogle e os portos de Berbera e Bosaso para "reforçar o engajamento americano na região". Um dos portos, Berbera, fica em uma cidade importante localizada na Somalilândia, cuja longa afirmação como um estado independente não recebeu reconhecimento internacional.
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