No leste da República Democrática do Congo (RDC), o grupo rebelde M23 recapturou a cidade de Shoa, na província de Kivu do Norte, apenas um dia após ela ter caído brevemente sob o controle do exército congolês e da milícia pró-governo Wazalendo. Moradores disseram que os rebeldes lançaram uma ofensiva surpresa na manhã de domingo, forçando os Wazalendo a recuar. Pesados combates abalaram a área no sábado, mas a calma retornou na tarde de domingo. A cidade de Shoa fica no território Masisi, uma região rica em ouro, cobalto e tântalo — e um foco de violência há mais de três meses, enquanto rebeldes e forças governamentais lutam pelo controle. Este último confronto ocorre apesar dos esforços de paz em andamento. Em julho, a RDC e grupos rebeldes, incluindo o M23, assinaram um cessar-fogo em Doha, mas os combates só se intensificaram. O governo congolês, a ONU e nações ocidentais acusam Ruanda de apoiar o M23, uma alegação que Kigali nega veementemente.
Na semana passada, rebeldes Twigwaneho, aliados do M23, entraram em confronto com a milícia Wazalendo, apoiada pelo exército, em várias aldeias de Kivu do Sul. Oficiais do exército congolês criticaram os novos ataques rebeldes como uma "violação flagrante" dos acordos de paz de Washington e Doha, ressaltando a fragilidade da segurança na região.
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