Cinco afegãos entre quase 100 executados no Irã no mês passado, afirma grupo de direitos humanos


Cinco cidadãos do Afeganistão estavam entre as 96 pessoas executadas no Irã em julho, de acordo com uma organização de direitos humanos sediada na Noruega, em meio a crescentes preocupações com o uso crescente da pena de morte no país. 
A Organização Hengaw para os Direitos Humanos relatou que as execuções foram realizadas em várias prisões em todo o Irã. O grupo não identificou os cidadãos afegãos nem especificou as acusações contra eles, mas afirmou que a maioria dos executados havia sido condenada por crimes relacionados a drogas. As autoridades iranianas não confirmaram nem comentaram o relatório.


O grupo expressou preocupação com o que descreveu como um "aumento acentuado" nas execuções no Irã. O número de execuções em julho foi 74% maior do que no mesmo período do ano passado. 
As execuções de cidadãos afegãos no Irã também aumentaram nos últimos anos. O Iran Human Rights, outro grupo sediado na Noruega, registrou 16 execuções em 2022, 25 em 2023 e mais de 80 em 2024. Enquanto isso, a mesma prática também foi retomada no Afeganistão, controlado pelo Talibã, com pelo menos 10 pessoas condenadas à morte por assassinato desde que o grupo retornou ao poder em 2021.

As Nações Unidas e organizações de direitos humanos condenaram o uso da pena de morte em ambos os países. A Anistia Internacional pediu a suspensão imediata, alegando que a pena de morte viola o direito à vida previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

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