Após o "sucesso" das ações jihadistas em povoados, a reação imediata é a dispersão dos grupos terroristas. Os ataques teriam diminuído, mas gradualmente a narrativa toma outro rumo. Empresários reclamam que estão sendo alvos de terroristas, perdendo seus bens e dinheiro. Agentes econômicos exigem uma presença intensificada das Forças de Defesa e Segurança (FDS) nas estradas, especialmente na EN380. Mas não são apenas os empresários que sofrem no asfalto; pessoas comuns têm sido alvos quando viajam em veículos de passageiros. Foi durante uma reunião recente em Mueda que os empresários revelaram a disposição dos terroristas de realizar cerca de dois ataques e sequestros por semana, durante cerca de três meses.
Desde janeiro, 104 veículos de passageiros e carga foram atacados. Seus ocupantes foram sequestrados e os terroristas exigiram um resgate para libertá-los. "Os valores lá variam de 200 a 350 mil meticais. Se não tiver esse dinheiro, a viatura vira cinzas", disse o presidente do Conselho Empresarial Provincial de Cabo Delgado, Mahamudo Irache, citado pelo jornal DW. Os distritos de Mueda, Macomia e Mocímboa da Praia são os mais afetados.
"Como são áreas identificadas, onde sempre ocorreram sequestros, seria necessário colocar um posto permanente nesta rota [Macomia-Mocímboa da Praia]", disse. O agravamento da situação de segurança pode atrasar investimentos, a recuperação da atividade económica e provocar retrocessos na assistência humanitária, segundo o ativista social Aly Caetano.
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