Nawab Akbar Khan Bugti — ex-ministro-chefe do Baluchistão
As montanhas ao redor de Kohlu, no Baluchistão, são um lugar difícil de se esconder. Penhascos escarpados projetam sombras profundas sobre leitos de rios secos, e o calor de agosto gruda como uma segunda pele. Na tarde de 26 de agosto de 2006, esses penhascos carregavam o eco de tiros. Dentro de uma caverna estreita, Nawab Akbar Khan Bugti — ex-governador e ex-ministro-chefe do Baluchistão, e chefe da tribo Bugti — estava em sua última resistência. O esconderijo, localizado dentro de uma caverna na área de Chalgri, nas colinas de Bhambhoor, foi bombardeado pelos militares. A morte de Bugti foi resultado de intenso bombardeio e fogo cruzado entre seus homens e tropas.
Aproximadamente 21 agentes de segurança e dezenas de assessores e seguidores de Bugti também foram mortos durante esta operação. No entanto, houve tentativas de distorcer os fatos, com alegações de que a caverna desabou devido a uma explosão de origem indeterminada durante o que foi descrito como uma tentativa de negociação pelos militares. Essa explicação tem sido amplamente vista como controle narrativo por parte do establishment de segurança paquistanês. Quando a poeira dos disparos baixou, Bugti estava morto, juntamente com vários de seus companheiros.
Para o governo do presidente Pervez Musharraf, foi apresentada como uma vitória decisiva contra um "chefe rebelde". Para muitos no Baluchistão, foi a morte de um líder que se recusara a ceder às demandas por maior autonomia — e o início da fase insurgente mais duradoura da província. A carreira política de Bugti foi tão complicada quanto a província que liderou. Educado em Lahore e Oxford, fluente tanto na língua das tribos quanto na língua de Islamabad, ele serviu como ministro do Interior, governador e primeiro-ministro. Ele podia ser combativo — rompendo alianças, mudando de lado —, mas suas posições sobre o controle dos baluches sobre os recursos raramente vacilavam.
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