O Exército Colombiano informou nesta quinta-feira que cerca de 600 civis, sob pressão de grupos guerrilheiros dissidentes das FARC, forçaram a retirada de um grupo de soldados que realizava operações militares em uma área rural do município de Jamundí, no departamento de Valle del Cauca, sudoeste do país. De acordo com um comunicado do Exército, os civis, em sua maioria agricultores, agiram "sob pressão" do grupo armado Jaime Martínez, uma facção do Estado-Maior Central (EMC), o maior grupo dissidente das antigas FARC, liderado pelo vulgo "Iván Mordisco".
Os fatos ocorreram na área rural de Villa Colombia, onde tropas da Operação Escudo Norte foram cercadas por centenas de pessoas que "exigiram" a saída do território. "Em meio à situação, um grupo de pessoas, de forma agressiva e ilegal, tentou apreender as armas entregues aos nossos soldados, que estavam cumprindo seu dever constitucional", acrescentou a fonte militar. Um vídeo compartilhado no X mostra um suposto soldado denunciando que essas ações vinham ocorrendo desde as 10h (15h GMT): "Estamos vendo nossos direitos violados, nem nos deixaram almoçar", afirma o soldado. Esses tipos de ações, conhecidos como motins, têm sido repetidamente relatados em áreas de presença guerrilheira, onde grupos armados ilegais pressionam a população civil para dificultar as operações das forças públicas. No sudoeste da Colômbia, vários blocos de dissidentes das FARC são particularmente fortes, embora também operem a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) e gangues de narcotraficantes que controlam plantações de coca e rotas para o tráfico internacional de drogas.
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