O comandante do Batalhão de Inteligência Militar, Coronel Carlos Casco, falou sobre as últimas operações e o trabalho de inteligência realizado no combate ao grupo guerrilheiro EPP (Exército do Povo Paraguaio).
Para alcançar resultados positivos como os obtidos na recente operação Cobrarius em Canindeyú, onde Rubén Darío López Fernández, conhecido como Loro, foi morto e onde se suspeita que Magna Meza tenha sido ferido, eles trabalham com recursos técnicos e humanos. "É por meio de recursos humanos que alcançamos o sucesso. Chegamos sem ajuda; foi assim em todos os casos. É assim que se trabalha em inteligência. Saber quem são as pessoas que darão acesso às estruturas. Em todos os casos em que tivemos operações bem-sucedidas, elas foram motivadas pelo pagamento de uma recompensa", afirmou às 10h20. Ele enfatizou que o processo começou com toda a documentação necessária, esclarecendo que eles possuem um sistema de gerenciamento de informações chamado Arandu, que é rastreável porque todas as informações são documentadas e todas as fontes possuem um código numérico específico, permitindo um histórico dos dados recebidos até o último dia antes da operação. "Há muitas pessoas que já receberam suas recompensas, por exemplo, a Operação Zeus, que foi resultado de uma fonte humana muito importante que nos forneceu informações muito importantes. Naquela ocasião, uma única pessoa recebeu 1 bilhão de guaranis", especificou.
"Eles nos forneceram várias informações, que tentamos verificar com outras fontes da área. Não é que estejamos nos esforçando ao máximo, porque não queremos cair em mentiras e colocar em risco a vida do nosso pessoal. Até mesmo a fonte humana é submetida a testes de polígrafo para corroborar as informações", indicou. Ele mencionou essa informação porque muitas vezes as pessoas não fornecem informações por medo ou por acreditarem que não serão recompensadas. No entanto, eles preferem tornar isso público para que todos saibam que está sendo cumprido. Desde o anúncio do pagamento da recompensa, mais pessoas se manifestaram. "Esse dinheiro é administrado diretamente pelo Ministério do Interior, que tem um fundo exclusivo para esses casos. Há uma lei que não foi regulamentada, mas o ministério conseguiu regulamentar recentemente", mencionou. Ele acrescentou que todas essas operações são preparadas em um grupo de trabalho conjunto com o Departamento Antissequestro e o Batalhão de Inteligência Militar, onde o perfil de cada indivíduo é avaliado e, com base nos dados, os valores da recompensa são definidos. "Isso fica a critério do Ministro do Interior, do Ministro da Defesa Nacional e, finalmente, do Presidente da República que concede a autorização. Então, sempre que temos informações específicas, primeiro verificamos se teremos apoio para pagar e, uma vez com a aprovação, damos continuidade ao processo", acrescentou.
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