Guerrilha do ELN lança ofensiva em larga escala na Colômbia


A Colômbia está vivenciando um aumento na violência com o lançamento de uma de suas ofensivas mais intensas dos últimos anos pelo Exército de Libertação Nacional (ELN). Ataques coordenados, bloqueios de estradas e explosões têm perturbado a vida cotidiana em diversas regiões, particularmente em Arauca, Cauca e na cidade portuária de Buenaventura, no Pacífico.




Hoje mesmo, uma nova onda de ataques violentos abalou a cidade portuária de Buenaventura, paralisando a vida cotidiana e aumentando ainda mais as tensões no sudoeste da Colômbia. Moradores ficaram aterrorizados depois que bandeiras com a insígnia do Exército de Libertação Nacional (ELN) reapareceram ao longo da Via al Mar — a principal rodovia que liga Buenaventura ao interior do país. O grupo guerrilheiro efetivamente paralisou o movimento neste corredor estratégico, uma das vias mais vitais para o comércio e o transporte na região.






Os bloqueios de estradas, combinados com ameaças de explosivos e patrulhas armadas, interromperam não apenas as operações de carga, mas também a rotina diária de milhares de civis, agravando a crise humanitária e econômica na região. Segundo as autoridades, a onda de ataques de hoje parece coincidir com uma data significativa: 4 de julho marca o 62º aniversário da fundação do ELN em 1964 — um provável motivo por trás da escalada coordenada de violência do grupo.


Em Arauca, na fronteira com a Venezuela, o ELN foi acusado de bombardear o oleoduto Bicentenario — o segundo mais importante da Colômbia —, forçando a suspensão das operações. Foi o sexto ataque desse tipo neste ano. O grupo também colocou explosivos, espalhando medo entre civis e tropas. Enquanto isso, em Buenaventura, uma importante cidade portuária na Costa do Pacífico, militantes do ELN teriam incendiado vários caminhões de carga e bloqueado a principal rodovia que liga Cali, a terceira maior cidade da Colômbia. Cilindros de gás pichados foram deixados ao longo da estrada como ameaças improvisadas, paralisando as operações logísticas no porto comercial mais movimentado do país. A região do Cauca também registrou um aumento na atividade, com relatos de estradas rurais minadas e a Força Aérea Colombiana considerando bombardeios aéreos — enquanto toma precauções para evitar baixas civis, especialmente onde há a possibilidade de menores de idade.


Todo o país está em alerta máximo. As Forças Armadas da Colômbia reforçaram a segurança em diversas regiões críticas em meio a ameaças constantes de novos ataques. Embora o governo insista que permanece aberto ao diálogo com o ELN, a recente onda de violência ressalta uma contradição preocupante: o grupo guerrilheiro continua a operar como uma força insurgente totalmente armada, expressando seu compromisso com a paz enquanto realiza atos de guerra coordenados. Essa dupla estratégia lançou dúvidas sobre a viabilidade das negociações em andamento e levantou questões urgentes sobre as verdadeiras intenções do grupo — especialmente porque os civis continuam a sofrer o impacto de suas ações.

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