Forças militares da Somália e o grupo jihadista al_ Shabaab entram em guerra total


 Pelo menos 20 militantes do al-Shabaab foram mortos pelo Exército Nacional Somali, apoiado por milícias locais, após o grupo atacar posições militares na região central de Hiraan, informou o Ministério da Defesa na noite de domingo. 
"Quase 20 militantes foram mortos, outros fugiram. As operações de perseguição continuam. O Ministério da Defesa (MoD) continua comprometido em defender a Somália e pôr fim ao terror do al-Shabaab", afirmou o Ministério da Defesa em um comunicado no X. O ministério afirmou que o exército e a milícia aliada repeliram o ataque em Hiraan, região que tem sido um dos principais campos de batalha na luta contra o grupo al-Shabaab, afiliado à Al-Qaeda, desde 2022. O al-Shabaab assumiu a responsabilidade pelo ataque, afirmando que ele teve como alvo posições militares e matou 33 soldados, em um anúncio no site afiliado Al-furqaan.


Separadamente, a Agência Nacional de Inteligência e Segurança (NIS) afirmou ter conduzido operações coordenadas com parceiros internacionais na área de Mabah, em Hiraan, e no distrito de Aden Yabaal, na região de Middle Shabelle, "causando baixas e ferimentos em milícias e líderes do Khawarij". "Khawarij" é um termo usado pelo governo somali para se referir ao grupo terrorista al-Shabaab, afiliado à Al-Qaeda, que está em conflito com o governo somali desde 2007. A Somália tem sido assolada pela insegurança há muito tempo, com os grupos terroristas al-Shabaab e ISIS (Daesh) representando as ameaças mais significativas. O Al-Shabaab trava uma insurgência contra o governo somali há mais de 16 anos e frequentemente tem como alvo funcionários do governo e militares.


Pesados ​​combates eclodiram no domingo na área de Burjed, nos arredores de Baidoa, a capital interina do estado do sudoeste da Somália, depois que militantes do Al-Shabaab lançaram um ataque antes do amanhecer contra bases do exército e de forças paramilitares regionais. O ataque começou com um carro-bomba suicida, desencadeando intensos confrontos que duraram várias horas e resultaram em inúmeras vítimas. Os sons de tiros e fortes explosões ecoaram por Baidoa, gerando pânico entre os moradores. O grupo militante Al-Shabaab, ligado à Al-Qaeda, assumiu a responsabilidade pelo ataque, afirmando que havia invadido diversas posições do exército. O grupo divulgou imagens que supostamente mostram tendas improvisadas em chamas usadas pelas tropas, corpos de soldados mortos e um soldado capturado com as mãos amarradas nas costas. Nem as autoridades do Estado do Sudoeste nem o Exército Nacional Somali emitiram uma declaração oficial sobre o ataque. Este último incidente faz parte de uma onda de ataques intensificados do Al-Shabaab contra as forças militares somalis e seus aliados no sul e centro da Somália. Ele ocorre após o grupo ter reivindicado a captura de El Qohle na região de Hiran um dia antes — uma área que havia testemunhado anteriormente uma revolta de clãs que temporariamente expulsou os militantes do leste de Hiran. No entanto, o Al-Shabaab já reverteu quase todas essas perdas territoriais.

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