Bombardeiro russo cai no Mali em meio à escalada do conflito


Um bombardeiro Su-24M de fabricação russa, operado pelo Corpo Africano, caiu no rio Níger, perto de Gao, Mali, logo após um confronto armado com forças separatistas, representando um revés significativo para o crescente envolvimento militar da Rússia no Sahel.

O Corpo Africano, que substituiu o Grupo Wagner como principal operador militar da Rússia no Mali, registrou sua perda de equipamento mais grave desde que assumiu o controle das operações no país.


De acordo com o The Africa Report, as Forças Armadas do Mali (FAMa) confirmaram que o jato fez um "pouso forçado" e sofreu danos extensos, com destroços encontrados perto de um local de pesca. As autoridades atribuíram o incidente às más condições climáticas e aos ventos carregados de areia. No entanto, a Frente de Libertação de Azawad (FLA) separatista alegou que a aeronave havia sido danificada em missões anteriores, citando potencial fadiga estrutural ou comprometimento relacionado ao combate. 
O acidente marca a mais recente de uma série de perdas aéreas que afetam as operações militares conjuntas do Mali e da Rússia. Desde janeiro, o Mali perdeu dois jatos Su-25 e um drone Bayraktar Akıncı de fabricação turca, supostamente abatidos por forças argelinas. Esses incidentes reduziram a frota aérea operacional do Mali a um pequeno número de aeronaves L-39. O Su-24M, um bombardeiro tático da era soviética conhecido por sua velocidade e munições guiadas de precisão, havia sido implantado recentemente e era considerado o veículo de asa fixa mais capaz na campanha atual.

O incidente ocorreu um dia após uma emboscada mortal em Dioura, onde combatentes da FLA usaram drones kamikazes para atacar um comboio logístico composto por soldados malineses e membros do Africa Korps da Rússia. Fontes rebeldes alegaram baixas significativas e a destruição de 21 veículos. O governo malinese negou quaisquer perdas, afirmando que ataques aéreos repeliram o ataque.

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