Colômbia: Estado Maior Central, uma dissidência das FARC, ataca a polícia com bombas e drones

Dois ataques com explosivos abalaram as cidades de Jamundí e Popayán, no sudoeste da Colômbia, tendo como alvo a Polícia, conforme informaram este sábado as autoridades locais.


O primeiro ataque foi registrado às 16h30 de sexta-feira, horário local, no município de Jamundí, no Valle del Cauca, quando um carro-bomba detonou perto de uma delegacia de polícia, nota a rádio colombiana Radio Caracol.






Pouco depois, às 17h, horário local, ocorreram dois ataques de drones em Popayán, capital do departamento de Cauca. Segundo a Rádio Caracol, um dos ataques atingiu uma área verde dentro das instalações de um comando da Polícia, deixando um dos seus militares ferido e causando graves danos às instalações, e o outro ocorreu numa zona limítrofe ao aeroporto da cidade.

Embora alguns meios de comunicação locais apontem para um alegado envolvimento nestes ataques do principal dissidente da antiga formação guerrilheira das FARC, o Estado-Maior Central (EMC), de momento não houve confirmação de responsabilidade. A Presidência da Colômbia rejeitou os ataques perpetrados contra as forças de segurança em ambos os municípios. “Estes atos de violência que procuram minar a tranquilidade do povo colombiano são inaceitáveis. Aqueles que escolherem a violência e perpetuarem o conflito armado enfrentarão todo o peso da lei”, afirmou num comunicado publicado na rede social X. Para Por sua vez, o ministro do Interior, Luis Fernando Velasco, descreveu as explosões em Jamundí e Popayán como “ações terroristas”. “O governo nacional não acreditou na vontade de paz destas organizações, que quebraram o cessar-fogo e obviamente vamos ter que tomar ações muito mais contundentes em questões militares e judiciais”, disse ele em declarações aos meios de comunicação regionais, aludindo ao o alegado envolvimento da guerrilha nos ataques. Os ataques ocorreram num contexto de violência crescente no sudoeste da Colômbia, particularmente em Cauca, Nariño e Valle del Cauca. Nestes três departamentos, o Governo de Gustavo Petro suspendeu o cessar-fogo com a EMC, alcançado para avançar nas negociações de paz, uma vez que a guerrilha foi acusada de lançar ataques indiscriminados contra as populações indígenas.

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