Brasil na história contemporânea: O dia em que um General do Exército prestou continência a um traficante internacional de armas

 


O ano era 1995 e o Comando da extinta agência de informações da Aeronáutica, conhecida como 'Agência Rio', faz um convite a um grupo misto de inspetores da Polícia Civil e oficiais policiais militares, ligado ao gabinete do então Chefe de Polícia Civil para que o grupo participasse , sem ônus, de um curso de tiro de combate ministrado por um especialista internacional. 
No dia da inauguração do curso, realizado nas instalações da Agência Rio, o grupo é apresentado pelo Coronel que comandava a Agência ao 'professor' do curso, um sujeito com forte sotaque , dizendo-se francês, vestido com uma farda camuflada, botas marrons e uma boina vermelha que se apresentou como 'Comandante Marcel'.


'Marcel' faz uma rápida preleção e az uma demonstração usando vários tipos de armas de sua habilidade no tiro tático e realmente quem assistiu verificou que o 'Comandante Marcel' era um atirador extremamente habilidoso e certeiro. Realiza-se o curso e no dia da 'formatura' estavam presentes o Comandante da Agência Rio, o Chefe de Polícia Civil e o General que ocupava a Secretaria de Estado de Segurança. A turma foi formada e o 'Comandante Marcel' após distribuir os certificados de conclusão do curso desfila na frente do grupo e presta continência ao passar pelo General Secretário. Ato contínuo o General responde e também presta continência em resposta ao 'Comandante Marcel".

Passado o primeiro ano descobrem-se duas coisas: a primeira é que haviam desaparecido do arsenal da Agência Rio milhares de projéteis de fuzil e a Aeronáutica decide fechar a Agência Rio. E a pior, o 'Comandante Marcel', professor do curso na verdade tratava-se de um conhecidíssimo traficante internacional de armas, que aliás, nunca mais foi visto no Brasil.

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